Com os olhos fixos no abstracto,
Eu corpo, procuro satisfação
Da ânsia física em ti.
E eu alma, chamo por vagos devaneios
Que nesse tal vazio, hospedam fascínio!
O
|
Encontrei
Manusse José pelas ondas da internet. Eu, navegando de Xai-Xai para o mundo, e
ele, de Luanda, também para o mundo, passando por Xai-Xai (Moçambique) – sua
terra natal. Nestas navegações encontramo-nos. Além de um encontro virtual de
dois indivíduos, aquilo era o encontro de duas almas inquietas que na busca da
quietude foram se crivar nos braços da literatura. É por esta e outras razões
que o convidei a ter uma conversa fiada comigo, Elísio Miambo.
Nestes
últimos dias decidi ser mais gentil com a mass media. Oiço, leio e assisto tudo
que é noticia que eles dão. Já nem se quer me incomodam os seus grifos cuja
condição sine qua non para atingirem o seu intento que é vender, vender e
vender mais ainda, é que sejam bombásticos e sensacionalistas. Agora não ligo
mais para estas coisas. Imagine se eu tivesse que questionar a forma como o
dinheiro chega aos cofres das instituições tanto do estado assim como
privadas: seria um frenesim que daria pano para mangas, pois não?