terça-feira, 26 de julho de 2022

a distante proximidade com que Cumbane narra os nossos mundos

Fico bastante honrado por este convite para tecer breves linhas sobre um livro com o qual tenho imenso carinho. As razões são várias. Depois tratamos delas, tim-tim por tim-tim. O que me cabe dizer neste momento é que não vim fazer uma apresentação no sentido mais trivial desta actividade. E vou pedir perdão por isso porque já lá vão os tempos em que os eventos literários se despiram, quase que por completo, de alguns cerimonialismos. A Deusa d’África já disse, e muito bem, que não se faz poesia de mini-saia. Haja vista que, também, não se faz literatura de gravatas, terno italiano, sapato polido e vinco tinindo nas calças.

quarta-feira, 13 de julho de 2022

TASAVER: amar em tempos líquidos!

Migramos por este don’t tell nobody ou outro túnel qualquer, como se a gestão da fala e da imagem pudesse ser cúmplice e que o estado líquido em que vivemos, tal como o velho Bauman descreve, fosse só uma quimera. O que ninguém sabe, ninguém estraga: nós dissemos. Que o mundo está uma aldeia não nos ocorre tão bem!

Depois da primeira revelação desse facto, damos um salto para o don’t listen to what they say porque as falas sobre nós ou sobre o que as pessoas julgam saberem de nós começam a desfazer o castelo de cartas em que a nossa descrição se tornou. Já temos holofotes. Somos estrelas nos seus quinze minutos de fama. Cinco da descoberta. Outros cinco do auge. E os últimos cinco do patético declínio no anonimato.

quarta-feira, 6 de julho de 2022

O Amor Fati na canção “Mamana Wanga” de Avelino Mondlane – uma breve análise filosófica!

 

A expressão latina “#Amor_Fati” que significa “amor ao destino” foi um dos objectos de reflexão dos grandes filósofos como Frederich Nietszche, Epictetus, Marcus Aurélio e Albert Camus.

Ignorando algumas nuances, pode assumir-se uma convergência de pensamentos desses filósofos na concepção do “Amor Fati” como aceitação do homem ao seu destino, mesmo sendo feito de tragédias, contrariedades e boaventurança.

TASAVER: não haverá TSU que baste!

Eis-nos aqui nesta azáfama pela tabela salarial que se espera única e histórica. Muitos adjectivos à volta (não é?). Não é um caso novo: já nos habituaram os informes anuais sobre o estado da nação: muito adjectivados e opulentos. Dá para perceber que Camões pusera cá os pés e, do túmulo onde jaz, regozija-se pelo feliz facto de a sua língua ter assentado cá os arraiais. Mas essa é uma conversa com teor avaliativo cujos resultados não serão positivos para todos filhos da pérola, do mais distinto ao mais pacato. Por isso, deixemos. É melhor!