O diálogo com a
narrativa oral no universo literário moçambicano (para não dizer africano mesmo
com poucas credenciais para o efeito) é já uma premissa adquirida, partilhada e
aceite sobretudo por aqueles que observam este fenômeno de fora para dentro. Para
esses, a narrativa escrita que foi sendo feita ao longo do tempo,
apresenta-se-lhes como um palimpsesto da narrativa oral talvez pelo discurso
modesto que se quer honesto “vendido” in
e outside por vários escritores: eu sou contador de histórias do meu povo.
Quando acolhido à primeira vista, este discurso, gera a ilusão de que há pouca
ficção como se ao escritor e ao escrivão a vida reservasse o mesmo ofício.