quinta-feira, 9 de julho de 2020

Prêmios versus Castigos & Rupturas versus Continuidades em “Ilusão a Primeira Vista” de Almeida Cumbane


O diálogo com a narrativa oral no universo literário moçambicano (para não dizer africano mesmo com poucas credenciais para o efeito) é já uma premissa adquirida, partilhada e aceite sobretudo por aqueles que observam este fenômeno de fora para dentro. Para esses, a narrativa escrita que foi sendo feita ao longo do tempo, apresenta-se-lhes como um palimpsesto da narrativa oral talvez pelo discurso modesto que se quer honesto “vendido” in e outside por vários escritores: eu sou contador de histórias do meu povo. Quando acolhido à primeira vista, este discurso, gera a ilusão de que há pouca ficção como se ao escritor e ao escrivão a vida reservasse o mesmo ofício.