Dir-se-á que há, em Moçambique, um esforço de revitalizar a assunção (que é já um lugar comum) de que somos uma nação de poetas. Que a revitalização ocorre, todos sabemos. Quanto ao esforço empreendido, haverá reservas decorrentes dos sinais duma naturalidade possível de encontrar em Otildo Justino Guido e Pedro Pereira Lopes nos seus “O Silêncio da Pele” (doravante OSDP) e “Mundo Blue (ou o poema em quarentena) ” _ doravante MB, respectivamente.
quarta-feira, 25 de novembro de 2020
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
Karinganas do Índico ou um convite à instrospecção sobre as (in)adequações das estruturas canônicas
Para o leitor informado, é difícil ler as 11 narrativas de “Karinganas do Índico” sem fazer uma introspeção sobre a linha ténue que faz endereço entre o conto e a crónica ou, mais profundamente, sobre a textualidade que os textos devem (ou não) a um cânone que se quer universal no acto de narrar
Da autoria de Minyetani Khosa, pseudónimo de Félix Paulo Cossa, “Karinganas do Índico” sai pela Editora Kulera que como já nos acostumou nesta sua fase embrionária, permeia esta obra com um desenho gráfico que pouco ou nada deve mesmo aos mais exigentes.
quarta-feira, 11 de novembro de 2020
Okolo: herói ou epíteto de uma busca inglória em “A Voz” de Gabriel Okara?
O Génio é para si próprio
a sua própria recompensa,
porque aquilo que cada um é de melhor
deve sê-lo
necessariamente para si mesmo”
Arthur
Schopenhauer
Se
mesmo na condição de um personagem que sustenta um romance impactante, Okolo
tivesse interiorizado esta famosa e intrigante frase de Arthur Schopenhauer, a sua
função (entenda-se acção do personagem
definida do ponto de vista de seu significado no desenrolar da intriga)
no enredo de “A Voz” teria sido
diferente da que se lê nas 135 páginas desta reedição feita em 1980 pela
Edições 70, com a tradução (de inglês para português) de Maria Cristina Rocha.
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