segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Da originalidade à (im)possibilidade de criação de textos inteiramente novos após séculos de produção artística


Não seria muita audácia escrever um texto e jurar com unhas e dentes que nele não permeiam outras vozes? Ora, se a humildade habitar-nos o peito e assumirmos a presença de tais vozes em nossos textos: haveria, em sã consciência, a (im)possibilidade de revindicar originalidades?

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

A investidura de Dirdapkov

…Através deste decreto designa-se Dirdapkov para o cargo de Vice-rei e, por deferência, são-lhe incumbidas as tarefas de Rei.

Estas foram as últimas linhas do decreto que mesmo sem tencioná-lo silenciara as más-línguas que se já faziam ecoar no reino de Iemicecénia quando os boatos de uma iminente sucessão eclodiram.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

A Função da Personagem como Paradigma Interpretativo da Narrativa Africana

O estudo das literaturas africanas de língua portuguesa tornou-se num desafio a que todos se entregam, pese embora o facto de muitos estudiosos alertarem à necessidade de se ter um certo grau de atenção e ponderação

terça-feira, 2 de julho de 2019

A função simbólico-ideológica da personagem em “Ualalapi” e “Choriro”

Admitindo que o conceito de função da personagem (neste caso, Ngungunhane e/ou Nhabezi) refere-se à trajetória (sequência de eventos singulares e interdependentes) de um determinado agente no seio de uma narrativa e que esta só pode ser restituída a partir da soma das informações facultadas sobre a sua identidade e as suas atitudes (na narrativa e não fora dela), percebe-se que em “Ualalapi” e “Choriro” estamos perante um recorte histórico dos contactos entre povos por via da invasão.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Notas soltas

I
Embora saiba que poderá recair sobre o meu comentário o qualificador “grotesco”, não me escuso de o fazer: a relação promiscua entre ler e escrever parece ser a mesma que se inscreve entre a ingestão de alimentos/líquidos e a sua expelição seja na forma líquida ou mesmo sólida (se bem que para este caso não faltem reticências). Retifico: não parece, é!