quinta-feira, 21 de outubro de 2021

…e agora, o que se dirá aos contadores de estórias?


“a literatura, tal como a concebemos,

distingue-se pelo investimento na linguagem

e não pelo conteúdo por mais nobre que o julguemos”

Lembro-me desta frase em epígrafe como se me tivesse sido dita ontem quando, afinal, remonta o ano de 2004. Li-a numa recensão publicada na Revista Proler, em que o seu autor dissecava sobre o livro Niketche cuja autora adicionou recentemente ao título de primeira romancista moçambicana, o de primeira mulher africana a ganhar o prémio Camões. É obra.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Sobre o regresso dos bobos da corte

Fazer arte é sem dúvidas um exercício incomparável. Recorrendo a um exagero que se tem usado muito na escrita, fazer arte é brincar de ser Deus ainda que isso dure um sopro. A despeito do gosto da realização, tenho notado um gozo peculiar na apresentação que o artista faz do seu próprio labor. Talvez seja este último gosto que veda a leitura da instrumentalização que se evidencia no horizonte do “agora vamos a um momento cultural com…”.