sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Releitura da fábula “a cigarra e a formiga”

Como é sabido, tal como a escrita, a narrativa da oralidade não é um sistema fechado de signos. Assim, poder compreender o sentido de uma escolha que o contador efectua é ser capaz de visualizar as hipóteses de permuta em cada contexto.
E, esta leitura contextualizada é deveras importante sobretudo quando se trata de literatura oral no seu todo, devido ao facto de esta servir de reservatório dos valores culturais dos povos. É esta a razão que nos faz concordar com a ideia de que a versão da fábula “a cigarra e a formiga”, patente no livro do aluno da 5ª classe do SNE, do ponto de vista ideológico “não pode encontrar acolhimento no universo cultural e antropológico” no seio de comunidades tipicamente moçambicanas, em particular, e africanas, em geral. (ROSARIO: 2004, p. 2)

sábado, 3 de janeiro de 2015

EM JEITO DE COMENTÁRIO DO ARTIGO: “SERÁ A ESCRITA A ÚNICA VIA DE LIBERTAÇÃO DO HOMEM E A IMAGEM AUDIOVISUAL SUA MORTE?”

Reagindo a certas afirmações durante o lançamento de um livro em Xai-Xai, um amigo achou urgente escrever e enviar-me um artigo intitulado:
“será a escrita a única via de libertação do homem e a imagem audiovisual sua morte?”…
É verdade que houve um apelo expresso ao “escovismo”, mas, inicio a minha intervenção aplaudindo a pertinência e actualidade do debate que se levanta. Não pretendo fazer mais que um singelo comentário em torno deste assunto que, sinceramente, exige mais do que posso oferecer intelectualmente. Mas, enfim: cada um dá o que tem para oferecer!