“temos bons poetas e muitos sabem escrever, mas há um excessivo labor da palavra, excessiva
metaforização, e cada vez que isto acontece há uma fuga na comunicação que se busca estabelecer com o leitor”
Marcelo Panguana
De algum modo, venho reflectindo sobre este assunto. Vagueio entre a vontade, a dúvida e a dívida que devo saldar há quase uma década. Escrevi sobre a poesia moçambicana de hoje sob o olhar que tinha naquele "hoje". Um olhar que se fitou ao conteúdo a desfavor da forma que é também preponderante na arquitetura textual. Era outro momento, outra desenvoltura e outro fôlego. Mas nada disto me impele a vergonha do tempo nem a força do click no delete: são ossos de um percurso que devem ficar registados nesta plataforma.