Padeço
de querenças gonçalvinas.
Em
meu rosto rodopiam tiras de água,
Por
vezes são lágrimas, por vezes é suor…
Choro
e esforço-me incansavelmente
Em
meio a um sol de assar as entranhas.
Endoideci:
quero estar no Maranhão,
Os
Xiricos que aqui gorjeiam,
Gorjeiam
lindamente como as aves de lá…
Mas
eu vou! Ah, sim! Eu vou…
Quero
inalar ares que recitem purezas
No
leito do meu nariz.
Quero
afagar-me com o cheiro de mato,
Claro!
Aqueles bosques que têm vida!
Porque
sei que por lá,
Um
Rouxinol cantará coisas lindas
Que
farão jus àquela Canção de exílio
Como
se recebesse ordens
De
um Tupã, de Orixá ou de Febo…
Ah!
Já estou com a canoa pronta…
Mas
não sei a quem rogar a protecção
E
incumbir o dever de me guiar
Aos
braços da Floresta dos Guarás.
Tupã,
Orixá e Febo sugerem-me
Gonçalves
Dias e a sua canção de exílio:
É
com Ele que eu vou navegar até ao Maranhão.
Nesta
viagem que faço pelo Índico
Numa
canoa de 1000 de gigabytes!
Texto incluso na antologia "Mil Poemas para Gonçalves Dias"
Texto incluso na antologia "Mil Poemas para Gonçalves Dias"
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