quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Moçambique é um mendigo sentado num balde de ouro


Nestes últimos dias decidi ser mais gentil com a mass media. Oiço, leio e assisto tudo que é noticia que eles dão. Já nem se quer me incomodam os seus grifos cuja condição sine qua non para atingirem o seu intento que é vender, vender e vender mais ainda, é que sejam bombásticos e sensacionalistas. Agora não ligo mais para estas coisas. Imagine se eu tivesse que questionar a forma como o dinheiro chega aos cofres das instituições tanto do estado assim como privadas: seria um frenesim que daria pano para mangas, pois não?


Claro, porque teria que questionar as agências funerárias, as empresas de seguro, as várias e caríssimas clínicas por aí fora…enfim, todos aqueles que se aproveitam do medo, sofrimento e até vício alheio para ganhar algum…
Portanto, agora estou a par de tudo particularmente de assuntos inerentes à economia e política __ essas duas coisas que quer gostemos quer não, mexem com as nossas vidas.
Acompanho tudo, desde os acordos bilaterais entre Moçambique e outros, as “doações” ao orçamento do estado, a descoberta disto e daquilo, a exportação daquilo, a importação disto __ estou realmente a par de tudo.
E, é por estar tão a par de todas estas tolices que acabei por perceber que Moçambique é um mendigo sentado num balde de ouro!
Este enunciado me foi enviado por SMS por um amigo sugerindo que eu escrevesse um artigo ou qualquer coisa assim. Antes de me alongar, permita-me fazer a “desambiguação” trazida por este enunciado que de acordo com as leis de titulação não tem o direito de gozar ambiguidades.
Primeiro, dizer que “Moçambique é um mendigo sentado num balde de ouro”, poderia sugerir a percepção de que este mendigo está sentado num balde feito com base em ouro (esta preciosidade que me faz lamber os beiços como se fosse um duende).
E, pode também sugerir a percepção de que o mendigo está sentado num balde com ouro __ esta preciosidade que faz toda gente determinada na vida lamber os beiços, coçar a cabeça e partir para a acção carregando na bagagem a força do leão e a prudência da serpente e…claro, com a lição “como enganar um tolo” bem estudada.
Entretanto, alguém com ar de perguntador incessante deve estar a perguntar: para quê tanta bagagem se o nosso mendigo, ou melhor, o nosso parceiro de negócios é um tolo?
A resposta é simples, tem se dito e muito bem que “Quanto mais ignorante, mais arrogante” por isso é preciso que se saiba de antemão que “Se você for educado e simpático, as pessoas ficam dóceis e obedientes. Assim, a polidez faz com a natureza humana o mesmo que o calor faz com a cera.” Arthur Schopenhauer
Assim sendo, muitos senão todos que se mostram solidários para com este mendigo não fazem nada mais, nada menos que tirar com toda subtileza o ouro contido no balde em que ele (o mendigo) está sentado, fazem o uso devido dele (o ouro) e dão-lhe algumas migalhas recheadas de sorrisos diplomático: que solidariedade!!!

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