Vera,
não me peça incondicionalismos no amor
que
te dou e darei enquanto for conveniente!
Se
ainda te amo perdida e loucamente,
nada
desse amor relampeja a ingénua inocência…
Quer
seja a carnal ou espiritual beleza…
quer
seja uma simples e caprichosa mania em pleno orgasmo,
que
te faz distinta da Tânia, Regina ou Sofia:
O
que te faz única, é a minha perdição
e
condição para que eu diga que te amo, sem temer remorsos posteriores.
Vera,
deixe-me ser ingenuamente sincero,
e
não me peça incondicionalismos no amor que sinto
e
pretendo sentir sempre:
Nada
no reino dos afectos e desafectos brota no vão.
Há
sempre algo de que me vou envaidecer
quando
contigo estiver,
e
me queixar quando de ti me apartar finita ou infinitamente,
a
ponto de o mau senso mandar-me dizer “eu
não sei viver sem ti”.
Vera,
não me peça incondicionalismos no amor
porque
o nosso,
Ah!
Esse será sempre condicional
para
que se mantenha aceso tal e qual uma chama, digna desse nome!
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