quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Não me peça incondicionalismos no amor

Vera, não me peça incondicionalismos no amor
que te dou e darei enquanto for conveniente!
Se ainda te amo perdida e loucamente,
nada desse amor relampeja a ingénua inocência…
houve, há e sempre, sempre haverá algo que dê jus a tal padecimento…

Quer seja a carnal ou espiritual beleza…
quer seja uma simples e caprichosa mania em pleno orgasmo,
que te faz distinta da Tânia, Regina ou Sofia:
O que te faz única, é a minha perdição
e condição para que eu diga que te amo, sem temer remorsos posteriores.

Vera, deixe-me ser ingenuamente sincero,
e não me peça incondicionalismos no amor que sinto
e pretendo sentir sempre:
Nada no reino dos afectos e desafectos brota no vão.
Há sempre algo de que me vou envaidecer
quando contigo estiver,
e me queixar quando de ti me apartar finita ou infinitamente,
a ponto de o mau senso mandar-me dizer “eu não sei viver sem ti”.

Vera, não me peça incondicionalismos no amor
porque o nosso,
Ah! Esse será sempre condicional
para que se mantenha aceso tal e qual uma chama, digna desse nome!

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