São várias as vezes em que se diz
que os jovens não leem e, por via disto, são feitos apelos para que estes desenvolvam
a cultura de leitura. Esta cultura que se pretende incutir na juventude
prende-se com o exercício voluntário da leitura não só de conteúdos relacionados
com a sua área de formação, mas com outros assuntos da chamada “cultura geral”.
O que não se aborda nesses apelos são os possíveis benefícios que podem advir
desse exercício. Desta feita, importa-nos responder à questão com que
intitulamos este texto.
Diga-se, porém, que o recurso ao
estrangeirismo “nice” tem a ver com o
facto de ser uma linguagem de uso comum na juventude moçambicana e, neste
quesito, este texto destina-se essencialmente a esta camada de tal forma que,
através dele, encontre motivos para associar a leitura ao seu lifestyle.
Em linhas gerais, pode-se dizer que o acto de ler é, acima de tudo, um exercício de prazer e aprendizagem. Dito desta forma torna-se vago. Assim, destacamos os seguintes aspectos que tornam a leitura nice:
- Desenvolvimento da competência comunicativa: independentemente da língua, o acto de ler permite o domínio de aspectos comunicacionais pelo contacto que se estabelece entre quem lê e os usos da língua empregues no texto em causa. Dito de outro modo, quem lê tem maior possibilidade de escrever e falar melhor.
- Manutenção da saúde mental: diversos estudos científicos concluíram que a leitura contribui sobremaneira para a saúde mental do indivíduo pelo facto de envolver a imaginação, a mentalização, a interpretação e a reflexão estimulando assim a actividade cerebral e a redução do estresse. Por isso, este exercício acaba sendo vital para a redução do risco de se contrair alzheimer ou outras doenças neurodegenerativas. Ademais, pelo facto de cativar a catarse, a leitura pode aumentar a capacidade de um individuo compreender e solidarizar-se emocionalmente com o seu semelhante.
- Aquisição de conhecimentos: se a leitura obrigatória que nos é recomendada ao longo do processo formativo ajuda na compreensão do conteúdo da nossa área de formação, a leitura como um exercício de deleite abre horizontes para dominarmos assuntos diversos desenvolvendo assim o nosso domínio sobre a dita “cultura geral” que, afinal, ajuda na nossa inserção na sociedade.
- Entretenimento: parecendo que não, a leitura é uma das melhores ferramentas de diversão. O que as limitações financeiras (por exemplo) impedem do ponto de vista de acesso e de realização, a leitura antecipa através da incitação à imaginação e pela criatividade que os autores do texto têm para mexer com as nossas emoções através das descrições que são feitas sobre um fenómeno, um lugar, um estado de espírito, etc.
- Desenvolvimento da criatividade e do senso crítico: pelo que já se referiu acima, é possível inferir que através do acesso que a leitura dá a um vasto leque de conhecimentos, habilidades e atitudes, está garantida uma compreensão mais holística dos fenómenos da vida, o que contribui para um senso reflexivo mais acrescido e uma criatividade mais consolidada, inclusive para actividades práticas do dia-a-dia.
.leia-se
ResponderEliminarAlerto Bia, é mesmo preciso.
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