…vivera maticado de argila,
o meu coração de devoções insignes
porque as juras eram monógamas
tal e qual pregara o pergaminho
que atracara na imensidão
dos nossos cais vindo de latitudes outras
com invernos fartos e verões pobres.
Eis que, de súbito e a despeito...
quedara em cascata
toda casca de argila, quais paredes
de um castelo de cartas.
E, pelo brilho de outros olhos
(espelhos reprodutores das profundezas
da feminilidade de um ser
que além do busto exala a sedução
pelo tato, andar e olhar serpentinos)
descobrira, então,
que meu coração ainda existe
e soluça a cada instante
por dois corações
pela genética feitos femininos…
Sem comentários:
Enviar um comentário