sexta-feira, 31 de março de 2017

Juro, palavra de honra, sinceramente os nossos famosos precisam de assessores de comunicação e imagem

Tenho uma profissão que exige de mim muita fala tanto que em contextos não profissionais tenho me escusado de falar demais por acreditar que esteja em momento de lazer e/ou recreio.
Mas, como bem disse Émile Durkheim "o individuo mata-se quando estiver desligado da sociedade mas também mata-se quando estiver demasiado integrado nela".

Juro, sinceramente, que eu corria este risco sobretudo relativamente à primeira premissa por seguir uma política de austeridade para com a elaboração de discursos sobre, para e com as pessoas.
Fartei-me desta austeridade quando fiz um rastreio da forma como os nossos famosos se comunicam e preservam as suas carreiras  e concluí que precisam urgentemente de assessores de comunicação e imagem.
Das duas uma: ou os famosos comportam-se como entidades públicas ou mudam de actividade (arte, apresentação de tv, política, etc) e passam a adoptar uma vida pacata, sem mediatizações nem do seu trabalho e muito menos da sua vida pessoal.
É, a meu ver, muito controverso adoptar um modo de vida cuja sustentabilidade reside na mediatização (músico/cantor por exemplo) e querer ter uma vida igual a de um cidadão comum.
Meus senhores: deixemos as coisas bem claras...o (a) senhor (a) deixou de ser um cidadão comum a partir do momento em que se expôs como, resumidamente, formador de opinião. O que fazes catapulta opiniões e o que não fazes gera especulações e até calúnias.
O papel de alguém que se entrega aos holofotes não se esgota na divulgação do seu trabalho mas prende-se também à promoção de modus vivendi e operandi numa determinada sociedade pelo simples facto de a aparição nos holofotes fazer desse mesmo indivíduo um formador de opinião e influenciador de vivências e comportamentos. Nesse prisma, é deveras miserável pautar, seja profissional ou pessoalmente, por atitudes que não o dignificam como pessoa ou que não gostaria de revê-las num admirador seu. Ninguém aqui está a exigir a adopção duma vida angélica e sim, uma atitude coerente como formador de opinião e que a mesma esteja à altura da imagem que se tem de si e do seu trabalho.
É mais ou menos neste quesito onde se enquadra a necessidade de se ter um assessor de comunicação e imagem. Vai competir a esta figura gerir o bom nome dos nossos famosos na sociedade a partir dum aconselhamento relativamente à mediatização ou não da sua vida privada, as atitudes e opiniões que tomam em público, a forma como se apresentam, enfim todo um manancial de aspectos que o vão proteger perante determinadas situações que, no fundo, têm objectivo de minar as suas carreiras tal como já podemos testemunhar neste país o dramático facto de vários famosos terem visto as suas carreiras promissoras caírem à mingua devido às más línguas.

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