Em Choriro narra-se a presença de
um invasor português na condição de soldado de infantaria em terras do vale do
Zambeze, em momentos que antecederam a intensificação e massificação do
comércio de escravos.
Sendo
proveniente de uma outra cultura com outra cosmovisão bem diferente da que fora
encontrar na forma de vida do povo da terra que invadiu, Luíz António Gregódio
(o invasor) não se submete á tendência colonial de opressão e escravização de
outros povos, mas contrariamente, integra-se harmoniosamente na cultura do povo
cujas terras invadiu e estabelece um vínculo muito forte com as tradições
locais a ponto de chegar a ser o rei daquelas terras, não por imposição mas
pela mesma via com que os nativos ascendiam ao poder.