quarta-feira, 23 de outubro de 2013

As coisas que a gente fala!

Para os estudiosos e policiais assumidos da língua, a isto chamaríamos de extensão semântica: refiro-me às conotações que podem advir do uso do termo “COMER”.
Vejam: todo santo diabo que se diz macho, quando atingido pela vontade que condiz com o seu papel para com as fêmeas diz: estou com uma AVC a minha namorada, noiva, baby, chick, darling ou gaja, para os mais grosseiros (grosseria ou não, cada um cria um nome a seu gosto e vontade para a sua flor-de-lótus).

A origem dos -ismos que nos controlam: -um palavreado heteroglóssico da música “oligarquismo” da autoria de Valete

Sabe, se tivesse que pagar imposto pela importação ou (para usar um termo menos alfandegariamente comprometedor) download de e-books estaria “à beira de um ataque de nervos” porque o sistema alfandegário moçambicano teria qualquer coisa como um AVC (Alta Vontade de me Comer…financeiramente, claro) e até aos dias que correm estaria encarcerado (vendo o sol aos quadradinhos), solitário e, de tanto matutar, chegado a uma das conclusões mais absurdas de todos os tempos: “o sol tem o formato de um favo…”